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... com chocolate branco! Pois é! Depois de há uns dias, também a propósito de um doce, brincar com uma alternativa ao chocolate, eis-me aqui a retornar a tão voluptuoso ingrediente.
Há quem afirme que não se trata verdadeiramente de chocolate. De qualquer forma, eu assim gosto de o tratar e não me coíbo nada de o ter na dispensa uma ou outra vez e de o utilizar como tal.
O chocolate branco transporta-me para os tempos da minha adolescência. Nessa altura, o meu pai era emigrante em território suíço, e, pelo Natal, gostava de nos presentear com chocolate. Dizia ele, e eu então não o contradizia e agora também não, que aquele era um excelente chocolate.
Dos morangos, de que agora, sim, também é época, fico-me apenas pela imagem.
INGREDIENTES
(Serve 6 a 8)
400 g de queijo mascarpone (2 embalagens)
200 g de chocolate branco
200 ml de natas
500 g de morangos
1 embalagem de massa quebrada
PREPARAÇÃO
1 - Colocar a massa numa tarteira e cobrir com feijão seco para que não cresça. Levar ao forno já aquecido a 180.º até ficar dourada. Deixar arrefecer e retirar os feijões.
2 - Derreter o mascarpone e o chocolate branco em banho-maria e envolver bem. Deixar arrefecer ligeiramente.
3 - Bater as natas até ficarem suaves e envolver no preparado de mascarpone e chocolate.
4 - Verter o preparado sobre a massa e levar ao frio até solidificar.
5 - Lavar e laminar os morangos e dispor por cima da tarte. Servir de imediato.
Nota: A presente receita foi retirada da revista Continente Magazine n.º 33, de Junho de 2013.
Bom apetite!
Bon appétit!
Jo étvágyet!
Que bos faga bun porbeito!
É conhecido como o pão da Ásia. Existem cerca de 10 000 variedades de arroz. No entanto, são apenas três os grupos em que se divide. A saber: (i) arroz de grão longo; (ii) arroz de grão curto e (iii) arroz de grão médio.
O primeiro, caracteriza-se por ter um grão fino e translúcido que fica branco ou amarelado depois de ser polido. Depois de cozinhado, continua a ser branco e consistente. O segundo, tem um grão arredondado que fica mole e cremoso depois de cozinhado. Por isso, é utilizado para fazer arroz-doce ou paelha. Finalmente, o terceiro, também se caracteriza por ficar cremoso quando é cozinhado; no entanto, o grão mantém-se inteiro por dentro. Trata-se, por exemplo, do famoso arroz arbóreo que se utiliza nos risottos.
Verdadeiro calmante para o sistema nervoso, alivia estados depressivos e é energético. Uma das particularidades que lhe encontro é a sua versatilidade. Combina com carne, peixe, vegetais e frutas e dele se faz um doce ou qualquer prato salgado. É excelente para aproveitar sobras do que seja. Em todo o caso, reconfortante.
INGREDIENTES
(Serve 2)
250 ml de arroz carolino
1 posta de peixe cozido (ou sobras de peixe) desfeita em pedaços
200 g de ervilhas
1 cebola picada
1/2 L de água de cozer o peixe (ou caldo de peixe, no caso de se utilizar as sobras), aproximadamente
1 c. de sopa de azeite
Açúcar e sal q.b.
PREPARAÇÃO
Levar a cebola e o azeite ao lume e, logo que comece a frigir, juntar as ervilhas e uma pitada de açúcar.
Deixar refogar levemente, mexendo sempre.
Juntar a água do peixe (ou o caldo) até cobrir o arroz e de seguida o peixe. Temperar com sal. Á medida que se for esgotando, adicionar mais água, até o arroz cozer.
A receita consta do livro O Pantagruel. Naquele manual de referência da culinária, o arroz é posteriormente levado ao forno.
Bom apetite!
Bon appétit!
Jo étvágyet!
Que bos faga bun porbeito!
- São os dias que sorriem, senhor! Veja como as flores agradecem! - dizia Paulina num tom tão meigo que fazia o mais descrente pensar que as flores se deixavam seduzir pela luz do sol radioso que teimava em desaparecer por dias.
- Paulina, quase me fazes acreditar que sim, rapariga. Que jeito danado tens tu para convencer os outros. Herdaste essa meiguice da tua mãe, bem sei, mas a ela de pouco lhe valeu, infelizmente... - respondeu Santiago, baixando os olhos e apoiando-se na bengala que trazia apenas para companhia.
Era homem dos seus setenta anos. Via naquela rapariga outra que fizera parte dos seus sonhos de juventude. Bem podia ser sua filha, mas quisera o destino que Alice se embeiçasse por um viajante de pouca palavra que aparecera lá pela terra. Todos os dias, por volta das dez horas, o velho Santiago sentava-se no jardim que rodeava a igreja. Havia anos que o ritual se repetia, fizesse chuva ou sol. Ninguém compreendia e, ao início, ainda se metiam com ele por causa das raparigas. Mas, ao fim de uns meses, a brincadeira cessou, pois já todos percebiam quem o Santiago esperava. Metia dó vê-lo ali, cheio de esperança, à espera do amor que partira num lindo dia Junho atrás de ilusões.
- Deixe lá isso, senhor Santiago. Olhe o que lhe trago! Lembrei-me que hoje gostasse de ter companhia. Espero que o sumo seja do seu agrado. Depois, vamos comer uma malga de sopa bem quentinha. Os dias sorriem-nos, senhor Santiago! Os dias sorriem-nos!
O velho respondeu com um gole e um aceno, desejando que assim fosse, e feliz por aquela pequena, que podia ser sua filha, ficar ali a seu lado, sonhando com ele.
INGREDIENTES
(Serve 2)
1/2 beterraba cozida e fatiada
1 cenoura cortada às rodelas
1 laranja separada em gomos
1 maçã fatiada
1 c. de sopa de mel
200 ml de água (pode ser Água das Pedras) fresca
PREPARAÇÃO
Colocar os frutos no liquificador e adicionar o mel e a água. Mexer muito bem, utilizando a velocidade 1.
Depois de os frutos estarem reduzidos a puré, passar para velocidade 2 para a mistura ganhar uma consitência mais cremosa. Servir imediatemente.
Também se pode utilizar a beterraba crua, mas o sabor fica mais intenso.
Bom apetite!
Bon appétit!
Jo étvágyet!
Que bos faga bun porbeito!
Junho é caracterizado pela época de ervilhas frescas, tenras e doces. É nesta altura que se encontram a ervilha-de-quebrar e a ervilha doce. Uma e outra são apenas variedades daquele legume que cresce em vagens ligeiramente alongadas. O seu grão é uma rica fonte de proteína vegetal, de cálcio, de magnésio, fósforo, vitaminas do complexo B, ácido fólico, potássio, zinco e ferro, todos nutrientes essenciais para uma alimentação saudável. Quando estão secas, devem demolhar-se para não ficarem duras.
Podem utilizar-se em refogados, saladas e sopas. A minha escolha recaiu, desta feita, num creme muito aveludado e saboroso com queijo e... imensa paprika! Tal conjugação resultou numa agradável surpresa, tanto para os olhos, que também comem, como para o paladar.
INGREDIENTES
(Serve 4)
1 batata doce, partida em quadrados
1 cenoura, partida em pedaços
1 cebola, partida em gomos
1 dente de alho sem casca
300 g de ervilhas frescas
Sal, pimenta q.b.
Água q.b.
1 c. de chá de paprica + um pouco para guarnecer
200 ml de natas
Queijo de cabra (ou outro a gosto) em fatias q.b.
PREPARAÇÃO
Colocar os legumes lavados e partidos numa panela. Cobrir com água e temperar com sal e a paprica. Deixar cozinhar os legumes até ficarem tenros.
Triturar, com a ajuda de uma varinha mágica. Adicionar as natas e levar novamente ao lume sem deixar ferver.
Passar o creme por um coador e colocar numa terrina. Quando servir, finalizar com as fatias de queijo, pimenta moída na hora e mais um pouco de paprica.
Esta sopa fica cremosa e muito deliciosa.
Bom apetite!
Bon appétit!
Jo étvágyat!
Que bos faga bun porbeito!
O caramelo pode ser chocolate. A afirmação não é segura, claro, mas pode muito bem servir de pretexto para fugir ao tradicional bolo de chocolate.
Também é doce. Muito doce, aliás.Tão doce que uma fatia quase chega para satisfazer o guloso mais exigente. Ou talvez não. Ao caramelo junta-se a amêndoa para conferir uma textura crocante a cada fatia que se come com um prazer desmedido.
INGREDIENTES
(Serve 12)
CARAMELO
100 g de açúcar
1 dl de leite
MASSA
150 g de manteiga
150 g de açúcar
3 ovos
265 g de farinha com fermento
manteiga e farinha q.b.
COBERTURA
250 g de açúcar
2 dl de natas batidas
1 c. de sopa de manteiga
100 g de amêndoa torrada
PREPARAÇÃO
É um bolo para um dia de festa.
A receita foi retirada da revista Segredos de Cozinha, n.º 1249, de Setembro de 2009.
Bom apetite!
Bon appétit!
Jo étvágyat!
Que bos faga bun porbeito!
A Salema é um peixe hermafrodita (passa de macho a fêmea por volta do 4.º ano de vida) que faz parte da mesma família que a Dourada, o Sargo e o Safio, apenas para exemplificar. Pode atingir 2 kg de peso e é reconhecido por ter ao longo do corpo um conjunto de riscas acastanhadas ou esverdeadas. Aproxima-se da costa no fim do Inverno e na Primavera, escolhendo fundos rochosos onde exista limo verde do qual se alimenta na fase adulta, sendo que na fase anterior consome essencialmente camarão e crustáceos. Pode ser consumido durante todo o ano. Contudo, a cautela deverá predominar no Verão, porquanto, nesta época, poderá tornar-se tóxico se se tiver alimentado da alga caulerpa prolífera (uma alga invasora constituída por apenas uma célula).
De sabor peculiar (a lodo), este peixe, apesar do preço, não ganhou ainda muitos adeptos. Contudo, se bem amanhado, é fresco e apetitoso. Para o efeito, logo que é pescado deve ser sangrado através de dois cortes, em cada lado, junto à barbatana caudal e deve retirar-se a pele negra que reveste a barriga, lavando de seguida com água salgada. Depois, na fase da preparação para cozinhar, deve esfregar-se muito bem com limão e reservar durante algum tempo.
INGREDIENTES
(Serve 2)
1 Salema
1 limão
300 g de tomate, pelado e partido em pedaços
2 cebolas, cortadas às rodelas
200 g de anchovas com alcaparras (da Conserveira de Lisboa)
100 ml de azeite
1 ramo de salsa
Sal e pimenta q.b.
PREPARAÇÃO
Pré-aquecer o forno a 200.º.
Cobrir o fundo de um tabuleiro com a cebola e colocar a Salema arranjada. Rechear o interior do peixe com a mistura de anchovas e alcaparras. Temperar com sal e pimenta a gosto. Adicionar o tomate, a salsa picada e regar com o azeite.
Levar ao forno por 30 minutos ou até o peixe estar cozinhado. A meio do tempo, refrescar o peixe com o próprio molho.
Bom apetite!
Bon appétit!
Jó étvágyat!
Que bos faga bun porbeito!